20 agosto, 2008

Lisboa, meninos e moços

"Fosga-se": foi esta a palavra que causou este post. Porque é que em Lisboa as pessoas só andam metade do caminho quando estão irritadas ou simplesmente querem usar um palavrão? Podiam dizer, por exemplo, "ora bolas que grande incómodo" e mantinham a postura, ou então diziam "caralho merda foda-se" e assumiam o que lhes ia na cabeça.

Agora "fosga-se"? "Fosgar" não é um verbo. "Fosgo" não é o que os bombeiros combatem na floresta. Estar ou ser "fosguido" não é bom nem mau, não é nada.

Que meninos.

2 comentários:

M disse...

É nestas alturas que me lembro de uma tunafa que é conhecida por, quando está muito irritada, dizer "buOstaa" (tentei escrever o mais parecido), assim mesmo com muita vontade e "à boca cheia"... Eu acho que é um escape... e dito com a entoação (é assim que se escreve?) certa, até "borboleta" soa a palavrão :P

Eu diria para escolheres já umas palavras para soarem a palavrões sem o serem, que daqui a uns anos eu sei quem não vai poder dizer palavrões para não dar maus exemplos :P

António disse...

Eu diria que o que se passa é mais que os lisboetas não têm é a capacidade de se assumirem. Basta ver quando as coisas estavam mal a nível social tinha de ser a malta do Porto a dizer "isto não pode ser assim". E daí haverem 2 ou 3 revoluções que sairam do norte. Agora a dizerem "ai chiça penico, que grande imbróglio" certamente não vão a lado nenhum...