23 junho, 2007

Exame Periódico Obrigatório - Exemplo de Aplicação Prática

Em Maio, coloquei um post que defendia a existência de um Exame Periódico Obrigatório para todos os condutores.

Aqui está um vídeo que prova, de uma forma humorística, a incapacidade de certos condutores (neste caso, de Israel). Embora haja a possibilidade de ser um vídeo feito, ou seja, alguém fez de conta que era pior a conduzir do que realmente é, acredito sinceramente que, se não esta, outras pessoas existem a conduzir assim.

19 junho, 2007

Problemas Eléctricos

É cada vez mais comum ver carros com problemas eléctricos, de vários tipos, a circularem nas nossas estradas.

O exemplo mais comum é uma luz dos médios de trás fundida. Embora na cidade isto não cause grandes complicações, em auto-estradas ou mesmo em estradas, em que a iluminação é apenas usada em sítios pontuais, a falta de um dos médios poderá ser relativamente perigoso. Embora na parte de trás de um carro tenham de existir por lei as luzes da chapa de matícula e pelo menos um reflector, um carro sem um dos médios é passível de ser confundido por algo mais pequeno. Muito mais grave é se ambos os médios traseiros estiverem fundidos ou muito fracas. Aí sim, é que vai ser difícil ver o carro.

Um exemplo mais chato são os médios frontais descalibrados. Do que consegui perceber, o sistema eléctrico de um carro fornece a mesma energia para uso dos médios, quer estejam os dois a funcionar com a mesma intensidade, quer estejam com intensidades diferentes, quer esteja um deles fundido. Ou seja, a intensidade luminosa que um tenha abaixo do normal, vai estar no outro, acima do normal. Já vi imensos carros assim, em que um dos médios parece um mínimo e outro parece um máximo. Não preciso de dizer o perigoso que é cruzarmo-nos com um condutor que esteja com máximos (ou pseudo-máximos, neste caso) ligados.

O caso que para mim é o mais grave de todos, no entanto, é a falha do sistema de luzes dos travões. Já tive duas más experiências a conduzir atrás de carros que quando travavam, não acendia nada. Ou seja, o carro à nossa frente começa a ficar mais próximo da nossa frente a um ritmo rápido e nós demoramos a reagir, porque não vemos nada a acender. Das duas vezes em que isto me aconteceu, felizmente ambas na cidade, tive oportunidade de sair do carro para ir avisar os respectivos condutores, durante semáforos vermelhos.

As IPOs verificam este tipo de coisas, mas pelos vistos a sua regularidade não é suficiente. É preciso uma sensibilização aos condutores para verificarem todos os meses se o seu carro está em condições de andar na estrada. É que da falta de travões toda a gente tem medo, mas aos problemas eléctricos ninguém liga muito.

Em nota final, a descrição de um problema elétrico engraçado que vi ontem à tarde. Estava eu a acabar de estacionar à porta de minha casa, quando vi ao fundo da minha rua um Toyota Rav4, a vir no sentido oposto ao meu, com os quatro piscas ligados. Como costumo fazer quando alguém está com os piscas ligados aparentemente por engano, fiz-lhe sinal gestual de luzes, e disse "Olha os piscas!". Mas só depois é que ouvi. O alarme do carro estava a tocar, juntamente com os piscas. Tendo em conta que era um casal jovem e bem arranjado que ia dentro do carro, eliminei a hipótese de roubo. Como era impossível que eles não reparassem no alarme a tocar, concluí que eles estavam com um problema eléctrico. Um bem engraçado de se ver, achei eu. :P

04 junho, 2007

Lugares de Estacionamento Estragados

Em muitas cidades há falta de lugares de estacionamento, não é novidade. Na cooperativa onde vivo, cada habitação tem um lugar na garagem coberta, o que é óptimo para quem tem apenas um carro. No entanto, a maioria das famílias que aqui vivem têm dois ou três carros em média, o que obriga a maioria dos carros a serem estacionados nos parques exteriores e nas próprias ruas.

Durante o dia quase ninguém está em casa, como é natural, pois a maioria das pessoas trabalha ou estuda. Mas quando o dia acaba e as pessoas voltam a casa, começa a ficar mais difícil estacionar. Isto é especialmente verdade para aqueles que, como eu, chegam normalmente a casa depois da meia-noite.

E porque é que isto acontece? Porque não há lugares suficientes para os carros todos? Não! Porque há muita falta de inteligência e civismo a estacionar! Seja em lugares marcados, seja normalmente junto ao passeio sem marcações.

Quando há lugares marcados é mais difícil as pessoas estacionarem mal. É só conseguir acertar com o carro dentro das marcas brancas, de preferência centrado. Não se pede muito. Mas mesmo assim, há asnos que conseguem estacionar ultrapassando a linha de um lado e deixando imenso espaço do outro, o que ou estraga um lugar ou dificulta a vida de quem lá tenta estacionar. Em caso de lugares perpendiculares, por vezes até é possível estacionar lá, só não se consegue é sair do carro pelas portas! É uma inaceitável falta de civismo!

Quando não há lugares marcados e é preciso estacionar junto ao passeio, as coisas ficam ainda mais feias. Em lugares enormes, em que cabiam dois carros, muita gente escolhe centrar o carro porque tem medo de ficar apertado por quem vier a seguir, ou porque está pura e simplesmente a marimbar-se para quem possa vir a seguir.

Ora vamos lá recolher uns dados. Um Peugeuot 107, um dos carros mais curtos à venda em Portugal tem 3,43 metros. Dos carros mais habituais nas nossas estradas, um dos mais compridos é por exemplo a carrinha Volkswagen Passat, que mede 4,77 metros. Os carros mais habituais nas cidades são, no entanto, os do segmento Utilitário, como o Renault Clio e o Opel Corsa, ou do segmento Pequeno Familiar, como o Volkswagen Golf e o Ford Focus. Os carros destes segmentos têm habitualmente um comprimento entre os 3,6 e os 4,4 metros. Consegue-se perceber disto que lugares menores que 3,5 metros servem (quase) só aos Smart e lugares maiores que 5 metros só servem a, arrisco, menos de 5% dos ligeiros de Portugal.

Eu aceito que estacionar paralelamente seja uma manobra complicada para muitos, e que nem toda a gente pode ser como o Hulk, que consegue estacionar em sítios do comprimento exacto do carro que conduz. É difícil, eu percebo. Por isso aceito que se guarde uma margem de, vá lá, 50 cm para a frente e outros tantos pra trás, no máximo dos máximos.

É inaceitável ver espaços maiores que metro e meio entre carros. Às vezes, numa parte da minha rua que mede aproximadamente 76 metros, estão estacionados apenas 11 ou 12 carros, sem hipótese de parar mais algum, porque todos os espaçamentos são menores que 3,5 metros. Outras vezes até tenho sorte, e descubro um lugar com 3,729 metros e pouco, o que ao fim de umas oito manobras ou mais permite-me ter o carro lá encaixado.

Devia ser ensinado nas escolas de condução a realizar aproveitamento de espaço de estacionamento. Não deixar mais espaço entre carros do que o necessário para uma pessoa passar por lá. Quando se vai estacionar, verificar se podemos ou não apertar o carro que já lá estava estacionado, vendo o espaço que ele tem do lado oposto ao nosso carro. Deixar o carro paralelo ao passeio. São coisas simples que fazem milagres.

Na minha faculdade, para castigar carros mal estacionados foram criadas umas folhas A4 autocolantes, em amarelo fluorescente, que dizem "Viatura Mal Estacionada". Estou a pensar fazer umas dessas para trazer no carro e andar aí a aplicar. Se as chegar a fazer coloco aqui no blog para quem as quiser usar.